A doença periodontal é frequente na clínica veterinária. Conhecer sobre ela para poder dar maior assistência aos animais e orientar os tutores é fundamental. Por isso, preparamos essa reportagem para falar sobre esse problema, presente na rotina veterinária. Estima-se que cerca de 85% dos pets adultos sofram com algum estágio dessa condição.
Segundo o médico veterinário mestre em cirurgia e especialização em Odontologia Veterinária; sócio fundador do Odontovet- primeiro centro odontológico veterinário da América Latina, Herbert Lima Corrêa, a doença periodontal com o acúmulo de placa bacteriana, que eleva a inflamação da gengiva. “Se não tratada, ela progride, atingindo estruturas profundas, como o osso que sustenta os dentes, levando à sua perda”. Além de afetar a cavidade oral, Corrêa afirma que a doença periodontal tem repercussões sistêmicas: bactérias e mediadores inflamatórios podem cair na circulação levando à inflamação sistêmica e infecção de órgãos como coração, fígado e rins, causando infecções e danos graves.
“Outras doenças frequentes em cães e gatos incluem as fraturas dentais, que podem ser divididas em dois tipos principais. As fraturas dos dentes anteriores, como presas e incisivos, geralmente ocorrem devido a traumas ou acidentes do dia a dia, como correr e bater em algo, brigas ou pequenos incidentes. Já as fraturas dos dentes posteriores, especialmente os molares, estão frequentemente associadas ao hábito de mastigar objetos duros, como ossos, cascos, chifres e brinquedos de nylon, que não são recomendados”, explica o médico veterinário e completa que o dente que mais fratura por morder objetos duros é o dente 4o pré-molar superior.
Segundo ele, o grande problema das fraturas dentais é que, na maioria das vezes, elas expõem a polpa, ou seja, a parte viva do dente, com acesso ao canal radicular, criando uma porta aberta para infecções. “Além de causarem dor intensa devido à exposição do nervo dentário, essas fraturas permitem que bactérias se proliferem dentro do canal radicular, tornando o dente um foco de infecção para o organismo. Isso pode resultar tanto na disseminação de bactérias pelo organismo quanto na formação de abscessos, provocando desconforto, dor e impactos negativos na saúde geral do paciente”, detalha.
Outro problema comum, principalmente nos gatos, é a reabsorção dentária, afetando cerca de 70% deles ao longo da vida. “Nessa doença, o próprio organismo destrói o dente, que pode ser completamente reabsorvido. Quando a reabsorção se exterioriza para o meio bucal, pode haver dor e a extração é o tratamento recomendado.”. Além dessas citadas, Corrêa aponta que os tumores bucais também chamam atenção, e que a boca é o quarto local mais frequente de tumores em cães e gatos. “O diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz, destacando a importância de exames regulares e inspeção oral em casa”.
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