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VET TOUR: Como estudantes podem expandir seu conhecimento e conquistar oportunidades além da Faculdade

Escrito por Nonah

28 AGO 2024 - 09H00

Fala, galera do Vet Conect@!

Chegou a hora de compartilhar uma jornada que começou lá atrás, movida pela vontade de me conectar e entender de verdade como é a vida real na Medicina Veterinária. Durante a pandemia, passamos muito tempo online, e eu já vinha fazendo estágios e acompanhando profissionais pela internet. Mas comecei a sentir falta de algo mais palpável, de conhecer os lugares e as pessoas presencialmente. A experiência técnica? Ok, eu sabia que isso começaria a se desenvolver na faculdade. Mas eu queria mais—queria direcionar minha atenção para os pontos que realmente importavam para as pessoas que iriam me contratar depois de formado.

E foi aí que nasceu o "Vet Tour", um exercício pessoal que literalmente me abriu portas para experiências incríveis.

Tudo começou quando percebi que, para compensar o tempo perdido e a falta de proximidade com a Veterinária (que eu não tive na família), eu precisava colocar a mão na massa. Sem mentor, sem conhecer mais do que meia dúzia de veterinários e com zero contatos no mercado. A minha família não tinha nem hospital, nem fazenda. Eu precisava entender a cultura da Medicina Veterinária. E não só isso, eu queria conhecer a cultura do mercado enquanto ainda tinha tempo, antes que as aulas e o hospital escola tomassem todo o meu tempo.

Nesse processo, eu também descobri a preciosidade de conhecer outras faculdades e universidades, e minhas visitas ganharam força com os contatos que fiz através do programa de doação de livros do *Veterinário de Sorte* da *Mundo à Parte* e da curiosidade que fermentava no *Fórum de Educação da Medicina Veterinária*. Hoje, aproveito cada viagem para explorar hospitais, clínicas, faculdades e universidades em qualquer canto por onde passo.

Se você está aí pensando “Legal, mas por onde eu começo?”, relaxa, vou te dar o caminho das pedras. O planejamento é básico: stalkear nas redes sociais (risos). Sério, eu começo identificando os estabelecimentos e profissionais que já acompanho e que estão naquela região. Para isso, achei útil separar minha conta pessoal da profissional no Instagram. Não é sobre conteúdo ou exposição, mas para organizar quem eu sigo. Assim, não preciso ver uma foto de exame copro durante o almoço sem querer. Depois, vou atrás de estudantes ou profissionais que conheço para pegar aquelas dicas locais. E o contato? Pessoa a pessoa, sempre. Evito perfis empresariais. Me apresento, explico o porquê da minha visita e deixo claro como aquilo vai fazer diferença na minha trajetória. A cartada de estudante tem muito peso aqui. Basicamente, vendo meu peixe conectando com a história ou as pessoas daquele lugar. Achando pontos em comum.

A primeira vez que visitei um hospital foi uma experiência. Estava saindo da pandemia e tive a ideia de um dia para o outro. Fiquei nervosa, comprei um caderninho para não ficar no telefone anotando e me esforcei para não parecer uma desesperada por um estágio. As perguntas que fiz foram baseadas na curiosidade sobre a trajetória e as histórias daquele lugar. Com o tempo, aprendi a direcionar as perguntas sobre as pessoas e habilidades buscando por segredos incurriculáveis. O mais legal? Mesmo sem ter todas as respostas, criei uma conexão forte com a pessoa que me apresentou o hospital. Hoje, somos amigos, e sou grata por ter mantido essa porta aberta que gerou frutos tempos depois.

Essas visitas me mostraram algo poderoso: os gestores e profissionais experientes têm um tempo que vale ouro, e eles gostam de compartilhar com estudantes (interessados). Conversar com eles é como uma mentoria informal, onde você absorve insights que vão muito além da técnica médica. É ali que você entende o que é realmente valorizado e necessário no mercado, e, acredite, isso vai te diferenciar desde a graduação. Nessas trocas intergeracionais, sempre rola um acolhimento quase fraternal, com conversas leves, inteligentes e carregadas de um cuidado de avô ou pai para os filhos (de profissão).

Curiosidade: já conversei com pessoas que só depois descobri serem verdadeiras lendas da veterinária. Para um estudante de graduação, essas experiências são transformadoras. Elas permitem que você visualize um futuro na carreira, enxergue um caminho possível e inspirador. Essas referências de sucesso acalmam a alma e mostram que o que a faculdade não ensina, a vida profissional vai te exigir. São ensinamentos que você se vê conectando tempos depois durante as aulas da faculdade e os estágios. É maravilhoso aprender com eventos passados para evitar erros no futuro.

Outra coisa que percebi ao longo das minhas visitas é a importância da resiliência e da paciência. É preciso esperar respostas das mensagens, ter flexibilidade de agenda e não se importar em esperar na recepção. Ver fundadores de hospitais apresentando seus filhos e falando com tanto orgulho sobre o trabalho de uma vida inteira me fez refletir sobre o tempo e o esforço necessários para construir algo grande. E um segredo: nunca fiz essas visitas com a intenção de conseguir um estágio. Mas em todas as vezes em que me coloquei à disposição para ajudar, surgiram oportunidades. Poder conectar projetos e pessoas com propósitos parecidos é muito gratificante. E essa oportunidade de escutar e aprender me move a traduzir e espalhar esses aprendizados para a linguagem dos jovens, compartilhando o acesso ao conhecimento que recebi.

Então, aqui vai o meu conselho final: o Vet Tour não precisa ser glamuroso ou virar um quadro nas suas redes sociais. O importante é se fazer conhecido no mercado de trabalho, mostrar o seu rosto e demonstrar comportamento de proatividade, comunicação e resiliência. Técnica o livro ensina e é fácil aprender. Cada visita é uma oportunidade única de aprender, se conectar e crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. E aí, qual vai ser o destino do seu próximo Vet Tour?

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